sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

TETRAPHARMAKON...

Gravura/Web



In verbis et ipsis litteris:


"De:
"pablo capistrano"
Data:
Wed, 20 Apr 2005 13:01:08 -0300 (ART)
Assunto:
[becodalama] para Seu laélio


oi Seu laélio.
estava com sentindo falta das suas intervenções.
o Sr. escreve apenas poesias ou faz também revisão de português?
tem uns alunos do último ano de direito que estão para fazer trabalho de conclusão de curso e estão a fim de um revisor.
disponibilize seu telefone para contatos.
um grande abraço do amigo pablo capistrano.

liberdade, amizade e reflxão!"


DEU MOTES E GLOSAS:


“Muito acima das sandálias”
- lembrei-me de Plínio e Apeles


No tempo das minerválias
ouvi frase de valor:
ne supra crepidam, sutor:
“muito acima das sandálias” !
No jardim vou colher dálias,
beber coco-das-seicheles ?
Cordeiros vestindo peles
de raposas ardilosas ?
- Mais tarde, respondo às prosas,
lembrei-me de Plínio e Apeles !



Faço revisão geral
no traseiro das alunas

No revisar, liberal,
só cuido das quintanistas:
na bundinha das artistas
faço revisão geral !
Seja o correio-geral
nesta cidade entre as dunas,
mande consultar às runas
- verá que sou um portento,
um verdadeiro jumento
no traseiro das alunas !

Laélio/2005

TEM MAIS:

Dunga, meu bom.
Como sempre, Sarava pra Vossa Mercê!

Tudo explicado, dear President – relativamente à minha postagem (que aí abaixo está, em segunda via).

De antemão, volto a afirmar que nada tenho de pessoal contra o Pablo – que me informaram ser uma pessoa doce, amena. O que me incomoda é que, como você mesmo reconhece, ele, como professor, filósofo, metafísico e escritor – principalmente nesta última condição – não pode e não deve ser descuidado no ofício de escrever. Há de tomar tenência e refrear o “ímpeto da hora e do enviar”, pecado que você tão bem comentou.
Desse jeito que está, vai depender, o resto da vida, de um bom copidesque (e você o é)!
- “Quem pariu Mateu que crie, dura lex sed lex” – dizia minha Vó Celsa. Assino em baixo.
Creio que as cutucadas no rapaz – querendo ele - serão benéficas, sinalizadoras para quem quer chegar às livrarias do Brasil e do mundo (ele que confessa não ter lido embora tenha escrito sobre o “Código Da Vinci”)...
Pode notar quem quiser, Pablo, no meu modesto ver, tem futuro mas ainda complica muito, produz mais do que sabiá no fundo da gaiola...
Para dar uma puxada no competente e bom Nei Leandro (sem falar no artigo anterior sobre atonalismo e rap), passeia meio tonto, atabalhoadamente, por Palumbo, marxismo europeu, Londres nordestina, foi na Redinha, atravessou o Atlântico com Del Prete e Ferrarin, voltou a Parnamirim Field, foi a Tebas, deu um alô para Dedé (Édipo), viu a esfinge, pegou uma “sopa” (bus) e... flagrou os americanos de jean’s blue em plena Segunda Guerra!
Abraço,
Laélio

P.S.: Vossa Mercê tem razão: as famosas calças “Lee” (as fábricas, agora, estão na China) chegaram a Natal depois das nacionais “Faroeste”, da Alpargatas. Nasci em 1939, papai trabalhava em Parnamirim e eu ia quase toda a semana por lá. Natal vivia cheia deles, os "galegos", os "gringos". Nunca os vi de jeans, só andavam fardados de caqui (cor da USAF). Raramente à paisana com as tais sileques. Essas, sim, deixaram moda com os rapazes do Grande Ponto. O que eles, americanos, deixaram , mesmo, foi um grande cemitério de cabaços...




2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Laélio, que prazer visitar o seu blog....e como sempre, além de me deleitar com a sua prosa e glosas..... me surpreendo com algo assim
"No jardim vou colher dálias"

...e para você um 2007 cheio de muita inspiração...

Anônimo disse...

Olá Laélio, que prazer visitar o seu blog....e como sempre, além de me deleitar com a sua prosa e glosas..... me surpreendo com algo assim
"No jardim vou colher dálias"

...e para você um 2007 cheio de muita inspiração...