"Poema recitado ontem, quando da solenidadede inauguração da Escola Legislativa MiguelArraes, na Câmara Municipal do Natal.
Santo canavieiro
Foi santo, o homem do Araripe
Sensível às dores da seca e ao abandono da terra?
Foi santo, o homem sertanejo
Aliado do trabalhador rural em suas lutas
Pela sobrevivência?
Homem do povo, tinha seu corpo tocado
pelo dom do milagre?
A gente simples o via assim: lutador milagreiro
Guerreiro do povo que não se entrega
Pulso firme, mão alérgica a dinheiro,
Importava a prática política, a práxis
O posicionamento voltado ao homem
Do canavial
A pacificação das relações humanas
Foi, sempre, o norte de sua ação
Diante dos canhões, recusou a capitulação
Foi preso e no desterro viveu
Para voltar, de onde foi arrancado
Pela mesma porta que saiu.
Vivo, era um mito quase santo
Cujo santinho de campanha
Um simples pedaço de papel
Servia a chás de curas milagrosas
A luta deste homem
Por justiça social e soberania do povo
Trouxe frutos
E a nação que sonhou livre
Hoje se faz soberana
São Miguel Arraes de Alencar
Santo canonizado vivo pelo povo do seu sertão
Eduardo Alexandre" (*)O "poeta" acima, manda-chuva dos intelectuais do Beco da Lama, em Natal, é , atualmente, Coordenador jubilado de um dos braços da Fundação José Augusto (CEDOC) - o orgão que mexe com a cultura no Rio Grande do Norte. Há poucos dias, quando precisava defender à própria permanência no cargo em comissão - instado, procurado -, se disse filiado do Partido dos Trabalhadores, negando-se a se solidarizar com quem lhe havia dado a mão... Passou para outra patota - agora se vê - com tamanha puxação, extemporânea e amarela - suja, digo eu e repondo! Arrais foi gente boa mas chegar a esses píncaros é dose - muitíssima dose! Poesia não pode se prestar a esse tipo de apologia barata e interesseira. PQP! Arre égua!
Laélio (tomando "mé" na Espanha e saindo, de fininho, para a Itália)
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