Estou hospedado (apê alugado via Internet) no outão do Museu Rainha Sofia (a mulher do Rei Juan Carlos, primo dos nossos Pedros imperadores). A construção original data de 1785. Sapecaram-lhe, ao lado, como anexo, um edifício arrojadíssimo, projetado por um francês (Jean Nouvel), para abrigar exposições temporárias. No prédio velho, fica a exposição permanente. Vi, embasbacado, o "Guernica" de Picasso.
Oriental, por estas plagas, dá no meio da canela! Aqui perto, na Calle Atocha, mandam no pedaço: restaurantes, lojas de conveniência, "ferreterias" (lojas de ferragens), o escambau. Muitos árabes. As mulheres, como sempre, com as cabeças cobertas. Os negros são mais escassos. Comenta-se por cá que os imigrantes têm sido recebidos "de braços abertos" - sei lá, sei lá...! Chamam isso de "modernidad". Vai ver que, a exemplo das outras capitais européias, a maioria da turma que chega - geralmente na merda - vai parar no serviço pesado...

BOEMIA
A moçada, aqui, bebe bem - e como! Páreo duro para muito papudinho afamado do Beco da Lama, em Natal. O consumo maior é, claro, de vinho. Vejo, apesar do frio, muita gente mamando uma cervejinha gelada. Na moda, agora, está Chueca - bairro próximo à Gran Via, a faustosa avenida aberta em 1910. rasgando Madrí de leste a oeste. Até bem pouco tempo era um "invicto" bastião dos gays (alô, alô, Gardênia Lúcia!). Ainda que alguns bares continuem predominantemente freqüentados pela gente das lantejoulas e dos sapatos graúdos - Almodóvar entre eles, gordo, grisalho e superstar - a maior parte dos estabelecimentos (fecham,oficialmente, às três da matina) recebe os "modernetes" em geral, a despeito da inclinação sexual.
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