"É PAU, É PEDRA, É O FIM DO CAMINHO..."

DEU CU-DE-BOI, DE NOVO !

Uma confusão, briga dos seiscentos, deu-se, feriu-se, passou-se, na Travessa do Tesouro: o cacique, o babalorixá-maior, depois que se bandeou para os lados dos Pôlas- família importante nos dias de hoje -, foi, sumariamente, defenestrado do seu cargo de Bobo da Sorte. Ficou a ver barcaças, ao largo do "Potengi amado", lá do solar do solo pátrio. Mas, entrementes, depois da ventania, da nortada, cuidou de bolar uns roteiros para uns curta-metragens, tomou muita tenência e, solenemente, vai (e está!) homenageando à "fina-flor" da poesia bequeana, imposta a ferro e fumo, nas caladas do beco estreito - a travessa, o "espelho do mal", no dizer dos cronistas da urbana cena...

Deu, tudo - apesar dos pesares -, também, glosas:

De agitador a poeta

recebem bom patrocínio

--

Produtor, vate, exegeta,

pintor e performancista,

toda a corja entra na lista:

De "agitador" a poeta!

A mesa só é completa,

ganhando luz, descortínio,

quando adentram Pôla e Plínio

a discutir no Bardallo's...!

São dois valentes, dois galos

-recebem, bem, "pátrocínio" !

São dois jumentos, na reta,

montarias sem arreio !

São rocinantes, sem freio

- De "agitador" a poeta !

Parca fama, rude meta,

Estro pobre, sem fascínio...

Barões sem lustro e domínio,

Sem brasão, escudo, espada

-Vilões de bunda-cagada,

De agitador a poeta

--

Agora, um filme, um VT

É o que falta na travessa

--

Sessão de cateretê,

maracatu, samba e côco,

Coca, fumo no pipoco,

- Agora, um filme, um VT !

No bico do narguilê

vai rolar muita conversa:

_ Bicho ruim vai ter à beça

O beco, agora, se apruma

- tem homenagem de ruma,

é o que falta na travessa !

Laélio Ferreira