sábado, 17 de fevereiro de 2007

O DNA DO SECRETÁRIO...

Dr.Francisco Menezes de Melo

NEM TÃO "MACIO" QUANTO SE PENSA...
Meu caro Carlos Santos (*),

Meu saudar!

Regressando à “terra de Poti mais bela” – refeito do susto que tomei na Itália ao ler sobre a sua “banda de cronista social” (êpa!) -, logo no Aeroporto, entreouvi comentários jocosos sobre o novo Secretário de Segurança do Estado. Apurando as “oiças” junto ao balcão do cafezinho, consegui captar dos palradores que o Doutor Carlos Santa Rosa Castim “não daria para o negócio” por ser “muito educado, muito macio” – enfim, “um compositor de marchinhas de carnaval”...

Carlos é filho de Elza - que é filha de Elodia; Elodia é filha de Francisco - que é filho de João Felismino.

Este último (tataravô de Carlos), João Felismino (Ribeiro Dantas) de Melo, Oficial da Guarda Nacional, republicano e amigo de Pedro Velho, foi chefe político no Seridó, Administrador de Mesas de Rendas e Delegado de Polícia. Nessa condição, combateu o cangaceirismo em toda a região. Rechaçou, com extrema valentia, ameaças do famigerado Antônio Silvino – o tal “Rifle de Ouro”. “Administrou”, por largo espaço, a chamada “justiça sertaneja” dos clisteres de pimenta na vagabundagem da época. Era respeitador, educado e de trato macio, entre os iguais.
Francisco Menezes de Melo ( filho de João Felismino, bisavô, pois, de Carlos Castim), Juiz de Direito no Rio Grande do Norte, na segunda quadra da década de 20, convidado pelo Presidente da Província de Pernambuco, Estácio Coimbra – seu colega de curso, também bacharel de Olinda e Recife – foi nomeado Delegado-Regional da Polícia pernambucana na região do Pajeú. Várias vezes, pessoalmente, a cavalo, de arma em punho, perseguiu o “Capitão Lampião”, acompanhado pelos maiores caçadores de canganceiros daquele tempo, entre eles Teófanes Torres e Optato Gueiros, oficiais da Força Pública. Teófanes Torres, quando Alferes, Delegado do Município de Taquaritinga, ficara famoso por haver baleado e capturado Antônio Silvino, em 1914. O Coronel era padrinho de um filho do Dr. Francisco Menezes – o Jornalista e desportista Aluísio Menezes (tio-avô do atual Secretário), vivinho-da-silva em Natal, aos 77 anos. O Dr. Menezes, asseguro, era um cavalheiro sem vícios (nunca bebeu, nem fumou!), de fino trato, pois!
Aí está o registro, meu caro Carlos Santos.
O novo Secretário – com essa ascendência – pode não ser tão “macio” quanto dizem os filhos-de-candinha...

Abraço fraterno,
Laélio Ferreira

P.S.: Ia esquecendo: João Felismino era meu avô, pai de Othoniel.

(*) Jornalista de renome, blogueiro.

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